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KRIS, Adaga
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As características marcantes deste Kris Malaio das Índias Orientais são definidas, pela forma invulgar da sua lâmina, a fragilidade do material em que está construído o punho e a sua simplicidade decorativa. Elementos, que permitem em conjunto, atribuir não só uma datação aproximada entre os séculos XV e XVI, como conferir-lhe uma função mais de carácter cerimonial do que bélica. A forma de lâmina recta ou dapur bener, só é conhecida em exemplares datados do século XIII – Kris Majapahit -, surgindo a representação mais antiga destes em frisos esculpidos no Templo de Candi Penataran dedicado a Xiva (1197-1454 A.C.), na zona Este da ilha de Java. No caso deste exemplar, a lâmina de duplo gume em aço damasquino com um pamor, padrão, do tipo “nuvens”, denuncia já uma ligeira curva, o que leva a classificá-la com uma data um pouco posterior. A sua montagem é de grande qualidade técnica, evidenciando o apreço com que foi mantida ao longo de várias gerações. O hulu ou punho em forma de Garuda , a ave divina do deus Vishnu, está trabalhado em mármore, o que é bastante invulgar face à fragilidade deste material. O pendok, revestimento do gandar ou da bainha, é de madeira e está totalmente revestido a prata, repuxada e cinzelada, com uma decoração organizada: no topo, com um tema de folhagens inserido em reserva rectangular, cinzelada em alto-relevo, e na zona inferior com uma repetição em linhas quebradas e alternadas de superfícies lisas, com sucessivo padrão de temática vegetalista. Na boca, surge o barco ou wrangka, realizado em madeira escura, polida, com a forma típica da península da Malásia.