Username:

Password:

Forgot Password? / Help
PIA-KAETA, Adaga
  • 0
  • 1
  • 2
  • 3
  • 4
  • 5
  • 6
  • 7
#FFCC00fadetrue
A Pia-Kaeta é uma arma singalesa com origem entre os séculos XVI e XVII. O nome surge com variadíssimas formas de escrever, todas elas numa tentativa ocidental de captar, por escrito, o nome oriental. A forma da sua lâmina obriga a recuar à ancestral Falcata - a arma dos povos Indo-Europeus -, originária do Hindustão por volta do segundo milénio A.C., estendendo-se depois o seu uso à Europa e muito concretamente à Hispania Pré-Romana – actual Península Ibérica. É curioso verificar que é a Lusitânia, com as suas Falcatas (da época de Viriato) e Facas Afalcatadas (ainda hoje fabricadas e usadas na agricultura), e o Ceilão com as suas Pia-Kaetas, constituírem os territórios mais longínquos na utilização deste tipo de arma com um formato tão singular. A espada grega (500 A.C.) e o Kukri do Nepal são-lhe aparentados. Quando os portugueses chegaram ao Ceilão, fecharam o círculo geográfico das zonas de utilização desta arma. A sua característica principal é o estranho "vinco" da lâmina, que nos exemplares anteriores ao século XVIII é muito pronunciado. A Pia-Kaeta organiza-se basicamente em três tipos, de acordo com a sua utilização: o primeiro e o mais frequente, é a “Faca de Fidalgo”, trazida diariamente na faixa que envolve a cintura. Este modelo, caracteriza-se pela lâmina estreita e por ser geralmente muito decorado. O segundo tipo, bastante mais raro, inclui a Pia-Kaeta de Combate, de lâmina bastante mais larga e comprida. Esta, tem geralmente uma decoração mais simples, sendo os exemplares mais decorados, os de maior raridade. O terceiro tipo, raríssimo, inclui exemplares de grande dimensão, que serviam no templo para o sacrifício de animais. O presente exemplar, pertence ao tipo de Pia-Kaeta de Combate bastante decorado, que tal como já foi referido, é mais raro. A lâmina em aço, de um só gume, surge no contra gume com um sulco profundo a ocupar uma grande extensão da base, quase até à ponta. Este é revestido a prata dourada. Paralelamente e também a partir da base, ressalta um painel largo e rectangular, executado no mesmo metal. Ambos, estão decorados com enrolamentos de vinha, cinzelados em alto-relevo. A sobrepor-se a estes e a fazer a junção com o punho, aparece um ornamento aplicado, de latão, em parte liso e em parte bastante recortado, a formar um motivo floral. O punho, é esculpido em coral negro com aplicações em prata. A bainha, é de madeira trabalhada em sulcos e revestida a folha de prata lisa, e batida sobre esta, o que resulta em caneluras até à zona da boca. Aqui, surge uma decoração vazada de motivos vegetalistas